terça-feira, 15 de setembro de 2020

 

SEM VENDER, NADA ACONTECE (2)

Como vender neste novo contexto de mercado

Buscando compreender o comportamento do consumidor neste novo tempo pós pandemia, ouso fazer uma analogia com a narrativa “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, que é o 3º. Livro mais traduzido no mundo. Para quem não leu, recomendo, mesmo para adultos. Em tempos de crianças em casa, excelente roteiro para contar para elas. Para quem já leu, leia de novo, e de novo, e de novo. Cada vez com um olhar diferente, trará novas descobertas.

Em seu capítulo 21, o Pequeno Príncipe tem o encontro com a raposa. Ele ouviu um “bom dia” acanhado. Olhou para os lados e não viu ninguém. Estou aqui, disse a raposa, embaixo da macieira. Venha brincar comigo, provocou o Príncipe. Não posso, respondeu a Raposa. Mas por que? Você ainda não me cativou. Depois de muito refletir, o Príncipe arriscou: mas o que significa cativar? A Raposa respondeu: você não é daqui, não? O que você está procurando? Estou procurando os homens, quero fazer amigos, respondeu o Príncipe. Cativar, explicou a raposa, é algo que anda meio esquecido. Significa “criar laços”. Você é para mim, igual a 100 mil outros meninos, não preciso de você, nem você precisa de mim. Eu sou para você, uma raposa parecida com outras 100 mil que existem por aí. Mas, se você me cativar, nós precisaremos um do outro. Você será para mim, único no mundo, e eu serei para você única no mundo. E como faço para cativá-la? Você vem aqui todos os dias, e senta na grama, lá longe. No dia seguinte, o príncipe lá estava, como a raposa pediu. Aí ela falou: procure vir sempre no mesmo horário, por que se você vem às 4:00h, desde às 3:00h eu já estarei feliz. Aí você vem e senta cada vez mais perto. Nós iremos nos conhecendo assim.

Fazendo uma analogia com a situação de mercado, você precisa cativar o seu cliente, criar laços com ele.  Por isto afirmo sempre: vender não é uma atividade de uma área, de algumas pessoas que desempenham esta função. A empresa toda vende, e isto só depende da cultura que é impregnada na organização, seja de que porte for. Cada um precisa saber, qual o valor de seu trabalho, no resultado final da empresa. Desde o(a) porteiro (a), das funções mais simples, até o diretor. Uma cultura onde as pessoas se sintam fazendo parte, corresponsáveis. Não custa repetir: na empresa só existem duas funções: a) A função das pessoas que vendem e b) as funções das pessoas que apoiam quem vende.

O essencial é invisível aos olhos. Portanto, mais que um quadro com os valores pendurado na parede, a decoração da recepção, o clima predominante exala para quem se comunica, seja sendo recebido em uma loja, fazendo uma ligação ou um pedido virtual.

Qual é a imagem que os colaboradores levam para casa? Vem para o trabalho com satisfação? Que tipo de participação comunitária a organização tem? Há um sentimento de devolver para todos os que participam da cadeia, desde fornecedores, clientes, funcionários, pelos resultados obtidos?

Faça uma profunda e honesta avaliação destes pontos. Revise-os periodicamente com toda a equipe, permita a participação, de tal forma que todos se sintam incluídos. Somente assim, você obterá o comprometimento e participação de todos nos resultados e na satisfação dos clientes.

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